quarta-feira, 11 de maio de 2011

meu blog está abandonado, meu instituto não deu certo, eu fui para Curitiba e encarei 5 dias de sol. Os oráculos chineses continuam me recomendando serenidade e paz. Olhar muito para meu umbigo, segundo o livro verde, vai me deixar depressiva. Semanas vestindo roupas pretas, leio isso e morro de rir. Mas não sei bem se deveria.  Terminei de ler um livro em 2 dias e meio, 329 páginas e me sinto bem. Ainda sou eu, ainda sei ler no meu ritmo. Fumo um cigarro e desenho. O desenho tem ocupado o espaço de todo o resto. Não tenho vontade de sair fotografar, o rio continua logo ali, e continua sujo. Todos me mostram os morros comidos pelos tratores. Você tem que ver isso, não, na verdade não tenho. Eu vejo e não posso fazer nada. Saio com as fotos debaixo do braço e escuto ameaças veladas. Guardo as bitucas de cigarro dentro da bolsa e tudo fede, pois esqueço de esvaziar o cinzeiro perua zebra, com tampa, para não sair por aí jogando bituca. Fico 20 minutos tentando tirar uma bituca da boca da cachorra. Tenho roteiro para fazer, desenho para entregar e só consigo ligar e desmarcar compromissos. Viajei de mim mesma. A moça da lbv no telefone e eu não consigo desligar. Me irrito e sinto culpa. Me irrito muito e sinto muita culpa. Me sinto privilegiada e agradeço ao Deus no qual não acredito. Fico horas escrevendo e depois jogo tudo dentro dos armários. O que são estes cadernos, pergunta minha sogra, a história da minha vida. Não posso me jogar fora. Volto tudo para os armários. E fico esperando o inverno bem hipocondríaca. Não posso pegar vento, nem passar frio, dias tossindo igual a um cachorro. Alergia nos braços, cachorro sarnento. até o inverno espero ter virado um pato migrador.